Oxum nesta fase está ligada na interação de Ode Ibualamo,seu pai, o grande caçador, e sempre o acompanha nas caças pelas selvas. Karê é uma Oxum jovem, também ligada a Logunede, seu meio irmão. Ela usa dois keles, sendo um dourado e azul claro de Oxossi e como detalhe um ofá pequeno, junto com braceletes, idés, búzios…
Come cabra, galinha, coelho, konkém e os pombos são soltos ( como para todas oxuns)
Um detalhe importante não só para esta Oxum, mas
para todas outras: na hora do ¨Pa¨ são colocadas duas gemas de ovo em seus
igbas ( obs. Não dentro ) representado a fertilidade.
Sua origem:
Kare é filha de Yemanjá com Odé Ibualamo, porém
antes de se casar com Yemanjá, Ybualamo viveu com Oxum Yponda e deste casamento
nasceu Logum Ede, porém existem também outras itã que contam que tanto Oxum
Karê como Odé Karê seriam filhos somente de Yemanjá, nascidos de uma jogada
errada de um obi.
Escritores como Benistes,
Augras, Bastides… todos concordam que, na origem, apenas os elementos da
natureza eram adorados, a água, a terra, a árvore, o fogo… Com o passar dos
tempos criou-se a necessidade de se personificar esses elementos e algum ponto
da história eles tomaram forma da figura humana. Beniste, em sua mais recente
obra: Mitos Yorubas, já no primeiro capítulo narra o seguinte:
“No tempo primitivo das origens,
o homem via a natureza como um drama único vivido num cenário onde atuavam
animais, plantas, vento, água, e todos os demais elementos que formavam a
riqueza do Universo. O mundo dos mitos é pleno dessas forças e ações, mesmo
sendo elas conflitantes.”
Na literatura mítica, esses objetos da natureza são apresentados sob a forma humana, falando-se do Elemento Oxum e se nos basearmos que essa seria o elemento água daquele Rio, e se nos levarmos pela Geografia daquele local, então encontraremos 16 cidades diferentes louvando oxum nessas 16 formas. Esse Rio nasce em Oshogbo, onde se louva Oxum de uma forma, a segunda cidade é Opará, onde Oxum é louvada como Yeye Opara e todos os seus mitos e ritos se modificam da primeira, a terceira cidade é Yponda, onde se louva yeye Yponda e assim por diante. Então se nos transportarmos para a origem, veremos que aquele povo de Ijexá não louvaria aquele Rio, mas sim várias partes dele.
O povo que foi trazido para o Brasil a partir de
1750 já trouxe sua crença dividida, isso não ocorreu no Brasil e na
formação do Candomblé, não só o povo de Ijexá, mas também os de Ketu, Oyó entre
os demais foram respeitados na maneira de louvar seus deuses, sendo assim as
várias regiões levaram suas crenças para dentro de uma só casa, aparecendo
aqui, essas variações de uma mesma divindade, com o nome de qualidade.
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