O adjá (adjarí ou adjarím) é um instrumento de metal,
formado de uma, duas ou três sinetas, com badalos. Pode ser confeccionado em
alumínio, ferro, folha de flandres, cobre ou latão dourado. Instrumento do povo
iorubá, foi também aceito e incorporado às demais nações-irmãs.
Dependendo do material com o qual é confeccionado,
identifica-se logo para qual orixá está sendo destinado. Para Exu e Ogum são
consagrados os de ferro; em material dourado são dedicados para Oxum, Logunedé;
os prateados, para orixás funfun e Iemanjá; os de cobre são usados pra Xangô,
Iansã etc.
Instrumento participante de variadas liturgias, sinaliza que
quem o utiliza é pessoa com poder de autoridade e graduação dentro da religião.
É muito utilizado para convocar os orixás, que imediatamente respondem ao seu
som encantador, quase mágico. Possuidor de grande força e poder, ajuda a
movimentar o axé dos terreiros. O adjá é tocado também nos momentos das
oferendas, nas cerimônias, privadas ou públicas, na condução e no manejo das
divindades, nos momentos das danças e no terreiro. Faz parte também do paó,
conjunto de palmas cadenciadas, muito executado nos momentos cerimoniais. O adjá
faz parte do dia-a-dia de qualquer casa de candomblé, seja qual for a nação,
pois ele promove a ligação das pessoas com as divindades.
Na umbanda o adjá não é utilizado, porque se trata de um
instrumento de uso exclusivo do culto candomblecista, neste caso é substituído pela sineta.
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