O documentário retrata a multiplicidade de EXU, presente no cotidiano das ruas, nos mercados de trocas, nas manifestações religiosas, em bares à noite, nas encruzilhadas das estradas, em objetos, sons, cores, comidas, bebidas, festas, pessoas e todos os locais e atos nos quais seja possível encontrar uma representação/manifestação do orixá.
A realização desse documentário subverte as formas tradicionais de realização documental e parte de oficinas de capacitação em audiovisual, com adeptos do Candomblé considerando a intimidade dessas pessoas com os aspectos relacionados a EXU, sejam eles materiais ou espirituais. Neste sentido está a ideia de trazer membros da religião para a captação das imagens a fim de tornar a representação mais interessante e verdadeira.
O documentário traz depoimentos de Mãe Beata de Iemanjá, ialorixá do Rio de Janeiro e outras pessoas que vivem o Candomblé.
O desejo de realizar este documentário teve origem na pesquisa de mestrado sobre "Fotografia e Candomblé" da diretora e fotógrafa Eliane Coster.
"A Boca do Mundo -- Exu no Candomblé" não pretende ser uma obra definitiva sobre o orixá, mas oferece um conjunto de elementos que permitem ao espectador compreender e sentir a riqueza de representações e ações que este orixá produz e opera no cotidiano das pessoas.
Este projeto foi selecionado para a edição 2009 do Edital de apoio a documentários etnográficos sobre patrimônio cultural imaterial -- Etnodoc -- criado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e do Departamento de Patrimônio Imaterial - IPHAN e gerenciado pela Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro com patrocínio da Petrobras.
Fonte/Crédito: A Boca do Mundo é uma produção da Oka Comunicações.
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